sábado, janeiro 06, 2007

A questão económica I

Para dizer a verdade, não vejo a necessidade de invocar que se irá gastar muito dinheiro com o financiamento do aborto. Poderão ser 20 milhões de euros e isso deveria preocupar-nos a todos, é verdade.
Mas o que mais me preocupa e indigna, mais que o valor em causa, é o facto de se diminuir constantemente o financiamento, das maternidades, das urgências, dos medicamentos, do combate ao cancro ou dos hospitais pediátricos e agora, de repente, se financiar abortos. Não é o valor que assusta. O que assusta é pensar que se dá mais importância ao aborto do que ao cancro, por exemplo. E pensar também que está em curso uma reestruturação das urgências que poderá colocar povoações isoladas a mais de uma hora de uma urgência hospitalar (o caso de Vila Pouca de Aguiar é disso exemplo).

3 comentários:

Anónimo disse...

É de facto indigna e revoltante esta listagem de prioridades do Ministério da Saúde. Devo dizer que a actuação deste governo me tem agradado no geral, mas o ministro da Saúde deveria ser demitido imediatamente. Retirar direitos a crianças e doentes e, no mesmo impulso, dispor-se a gastar milhões com o aborto (coisa facilmente evitável) é mesmo de nos fazer gritar de raiva...

R disse...

se está realmente tão preocupado com o dinheiro como diz, então devia apoiar o "sim"! faça as contas e veja só o que se vai poupar em abono de família...

P.S.: Eu não iria pela questão económica, como você tá a ir...

fernando alves disse...

Uau, brilhante!!

Poupar nos abonos de família, nunca me tinha lembrado disso.

O problema não é o estado gastar 20 milhões em abortos. O problema é não gastar esses 20 milhões na luta contra o cancro ou em hospitais pediátricos, ou na comparticipação da vacina contra o colo do útero, por exemplo. percebeu?