Corre por aí a ideia que será mais caro para o Estado tratar as mulheres que abortaram e tiveram complicações pós-aborto.
O custo previsto do financiamento estatal do aborto é de mais de 20 milhões de euros. Por ano, 1500 mulheres chegam aos hospitais com complicações pós-aborto. Para que o tratamento destas mulheres fosse mais caro que financiar abortos, teria que se gastar mais de 13300 euros com cada uma.
Volto a frisar que aqui se discute o dinheiro gasto a financiar abortos, não por "egoísmo social", mas sim por não se compreender as prioridades do SNS, que gradualmente diminui o dinheiro gasto com maternidades, urgências, pediatrias e serviços oncológicos enquanto se dispõe a financiar abortos.
O custo previsto do financiamento estatal do aborto é de mais de 20 milhões de euros. Por ano, 1500 mulheres chegam aos hospitais com complicações pós-aborto. Para que o tratamento destas mulheres fosse mais caro que financiar abortos, teria que se gastar mais de 13300 euros com cada uma.
Volto a frisar que aqui se discute o dinheiro gasto a financiar abortos, não por "egoísmo social", mas sim por não se compreender as prioridades do SNS, que gradualmente diminui o dinheiro gasto com maternidades, urgências, pediatrias e serviços oncológicos enquanto se dispõe a financiar abortos.
11 comentários:
Agora a questão do aborto passa para uma de ordem económica? Pois o que está em causa são os gastos que o aborto envolve! E eu a pensar que a questão de fundo era determinar a legitimidade ou ilegitimidade da prática do aborto! E passar às verdadeiras razões? Não!?
Leu o último parágrafo do texto?
Refiro, como já referi, que o que incomoda é ver o estado disposto a gastar 20 milhões com o aborto enquanto fecha maternidades e urgências ou não resolve o problema do centro de transplantes hepáticos para crianças.
A propósito, não comentou o facto de o "sim" mentir quando diz que tratar complicações pós-aborto é mais caro do que financiar abortos.
Já agora, tem ideia dos números de complicações pós-aborto? parece-me bem q não
São 1500 os casos anuais. Está referido no post inicial. Acha que esse número não está correcto?
acho, em 2003 - como poderá confirmar no dossier do público sobre o aborto - eram mais de 11.000
Esse número inclui todos os abortos, mesmo os espontâneos ou os acidentais.
Leia estas notícias no DN e no Público:
http://dn.sapo.pt/2005/01/28/sociedade/aborto_clandestino_leva_tres_jovens_.html
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1279489&idCanal=90
Atenção: no Público é apenas para assinantes.
Caro Fernando...também já me aconteceu. Nós começamos a argumentação pelo único ponto verdadeiramente relevante nisto tudo, a "defesa da inviolabilidade da Vida Humana".
Sem argumentação condigna, logo nos acusam de apelar ao sentimentalismo e enchem-nos os ouvidos com disparates legalistas, sociais e pseudo-científicos.
Quando acedemos à argumentação e lhes respondemos segundo essas perspectivas da questão, voltam a ficar sem argumentos e acusam-nos de que afinal o nosso problema é o dinheiro que se gastará com os abortos em vez de estarmos preocupados com a defesa da Vida...!
A verdade é de facto uma apenas. Não é nada fácil (se é que é possível) encontrar argumentos consistentes que tornem lógica a eliminação de Vida indefesa em prol da arbitrariedade humana...
É por tamanha evidência que, se o SIM vencer (apenas por uma descarga de consciência), teremos a mais triste e irreparável subversão do ser-se humano.
jardim do arraial,
A minha experiência é ao contrário. Os defensores do "não" começam com a "defesa da inviolabilidade da Vida Humana" mas quando questionados como fundamentam essa inviolabilidade ou usam argumentos religiosos (mesmo que secularizados), ou simplemente recorrem aos genes o que para mim é dramático já que se valoriza tanto a vida humana e depois se reduz essa vida aos seus genes.
Além disso, há o problema inultrapassável dos defensores do "não" se recusarem a admitir que o feto não é uma pessoa e aceitarem a distinção entre pessoas e outros seres.
Também há uma grande quantidade de defensores do "não" que não defendem a inviolabilidade da vida humana porque abrem excepções como no caso de violação.
Penso que todos concordamos que o embrião não seja uma pessoa mas seja vida humana e que portanto merece ser protegida.
mas afinal quanto é que custa cada aborto ao estado? eu pensei que fossem 400€(como foi referido na tbv por movimentos do "não", mas se assim for, para se gastar 20 milhões de euros teriam de se fazer 50 000 abortos anuais em portugal, o que me parece muito mais elevado do que é inclusivamente referido neste blog...
há aqui alguma coisa mal, provavelmente alguém está a exagerar o valor dos gastos anuais ou então o aborto sai mais caro do que dizem...
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