terça-feira, janeiro 09, 2007

Insanidade

Para quem acredita no argumento "nenhuma mulher aborta apenas porque sim", aconselho a leitura deste post e também deste.

Realço estes excertos:
"Fazendo uma breve e rápida conta por alto, vêm-me à memória uns quinze a vinte abortos, uns dois ou três casamentos, uma maternidade apadrinhada pela família da mãe.
Não me lembro em nenhum caso de qualquer espécie de dúvida quanto à legitimidade da decisão de abortar. Nunca passou de qualquer coisa como decidir, sim ou não, remover as amígdalas, em condições de angústia e medo, nas conversas entre confidentes e amigas. A única vez que me lembro de ter sido invocada uma "objecção moral" para a solução foi no caso de uma flausina com ambições nupciais que quis usar a oportunidade para forçar o enlace (expediente vulgaríssimo, nos dois sentidos)."

"Um embrião é uma coisa descartável, tendencialmente excessiva, que eventualmente nidifica nas entranhas de uma pessoa fértil."

6 comentários:

Anónimo disse...

Dados do estudo da APF:

Perg. –Até que ponto diria que foi difícil para si tomar a decisão de interromper a gravidez?

FOI MUITISSIMO DIFICIL: 40,8%
FOI MUITO DIFICIL: 34,9%
FOI RELATIVAMENTE DIFICIL: 11,6%
NÃO FOI DIFÍCIL: 12,6%

fernando alves disse...

Olhe, parece que encontrei uma dessas 12.6%. Se dos dados da APF sobre o número de abortos estão correctos (o que eu duvido) irão ser realizados mais de 2000 abortos por ano por mulheres para quem isso "não foi difícil" ou como quem diz, "mais fácil do que tirar as amígdalas".

Anónimo disse...

Em nenhum sítio daquele texto viu escrito q tinham abortado porque sim. Releia lá melhor. O q ali está escrito é que, qqr q fosse a razão (e pelo texto presume-se q a idade contava e muito), não houve angústias no momento de decidir. É muito diferente de "abortar porque sim"

fernando alves disse...

Não está escrito "preto no branco" mas é mais que evidente, isso não o pode negar. Não o choca que a pessoa em causa diga que os "embriões são coisas descartáveis"?

Anónimo disse...

não, não me choca nada, porque para uma mulher q não quer assumir uma gravidez é essa mesmo a definição perfeita. Além disso esse post q cita só faz sentido em conjunto com o outro (que se "esqueceu" de lincar?)

"Um embrião é uma coisa descartável, tendencialmente excessiva, que eventualmente nidifica nas entranhas de uma pessoa fértil."

"Filhos são entidades únicas, tendencialmente absolutas, que nidificam no nosso coração."

fernando alves disse...

Essa sua afirmação só revela desconhecimento sobre o que é um embrião. Revela também um feminismo desmesurado e um alheamento completo da responsabilidade de evitar a gravidez que não se deseja.

A afirmação que cita sobre os filhos faz-me lembrar esta moda de considerar como uma espécie de troféu a exibir como se fossem animais de estimação. O filho, além de "nidificar" no coração, é um ser humano irrepetível e todos os filhos que "nidificam" no coração, antes de terem direito a essa nidificação, têm direito à vida. Acho muito fútil essa ideia de só se poder nascer "se houver garantias que é desejado e vai ser acarinhado". Demonstra bem a sociedade materialista em que vivemos.