Do Portugal dos Pequeninos:
"Não faço da questão do aborto uma questão religiosa. Trato da fé à parte. E, por isso, a não relevar-se o comentário da "Teresa" no plano da mera ignorância, a sua menção à "imaculada conceição", nos termos em que é feita, é uma rematada idiotice. É pena que a Fernanda dê guarida à insolência gratuita e ofensiva só porque a "Teresa", coitadinha, conta a sua história maternal relativamente à qual não fez mais do que cumprir a sua obrigação, como ser humano, e porque se coloca, graças ao "coitadinha" explorado demagogicamente, do lado do "sim". Em minúscula."
Aconselha-se ainda a leitura deste outro post.
E estamos conversados.
"Não faço da questão do aborto uma questão religiosa. Trato da fé à parte. E, por isso, a não relevar-se o comentário da "Teresa" no plano da mera ignorância, a sua menção à "imaculada conceição", nos termos em que é feita, é uma rematada idiotice. É pena que a Fernanda dê guarida à insolência gratuita e ofensiva só porque a "Teresa", coitadinha, conta a sua história maternal relativamente à qual não fez mais do que cumprir a sua obrigação, como ser humano, e porque se coloca, graças ao "coitadinha" explorado demagogicamente, do lado do "sim". Em minúscula."
Aconselha-se ainda a leitura deste outro post.
E estamos conversados.
2 comentários:
Em tempo: eu gostaria muito de ver a Igreja e os políticos e certos homens e mulheres defenderem com tanto empenho a vida daquelas crianças que já nasceram. Porque não tornam crime, o abandono das crianças pelo Estado? Porque não é crime deixar uma criança sem escola? Porque os padres não saem às ruas pedindo a condenação dos que abusam das crianças? Porque não é crime deixar uma criança morrer de fome ou de doenças infecto-contagiosas? E as mulheres e homens que tanto se horrorizam com o aborto, porque não saem por aí adotando todas as crianças abandonadas em orfanatos? Aí é pedir demais á nossa sociedade hipócrita, porque eles só querem fingir que se importam...Importar-se realmente dá muito trabalho!
i.b.v.b. | 06-12-2006 18:36:41
Cara Medusa,
em primeiro lugar, voltam a referir a Igreja como se o problema do aborto se resumisse à posição de algum bispo. A Igreja não é para aqui chamada porque ambos podemos dialogar sobre o aborto sem falar de Deus.
Em segundo, e apesar de não me caber a mim defender a Igreja ou "essas outras pessoas" de que fala, deixe-me dizer-lhe que está mal informada acerca de alguns factos. As instituições de apoio a crianças são largamente suportadas pela Igreja ou organismos a ela associados, como a Santa Casa da Misericórdia, por exemplo. Pense num orfanato, por exemplo, qual é a imagem que lhe vem à cabeça? Além de ser o abandono das crianças, suponho que também lhe venha a imagem das freiras a cuidar delas, não é? Se quer mais informações sobre o que a Santa Casa da Misericórdia faz em Lisboa vá aqui http://www.scml.pt/default.asp?site=social&sub=&id=20&mnu=20 ou então aqui (http://www.scmp.pt/ini_pt.htm) para ver a secção do Porto.
Por fim, concordo plenamente consigo que ainda falta muito para fazer. Mas penso que, ser hipócrita, é dar às mulheres a hipótese de abortar, "lavar as mãos" e pensar "eu já fiz a minha parte". O problema não acaba com a legalização do aborto e as mulheres continuam a sofrer mesmo depois de realizado o aborto. Ser coerente é apoiar essas mulheres e as suas crianças, contra tudo e contra todos.
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